quarta-feira, 30 de junho de 2010

1h31, com o ventre no encosto frio da janela, disse em voz alta:
"ele não gosta de mim".


o mais engraçado era que levou quase nove meses para perceber.


e, fumando o último cigarro, cantou o verso:
"socorro!, eu já não estou sentindo nada!"

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já não queria mais escrever sobre o tema.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

cansaço e frio era o que mais sentia nas últimas semanas.
sensações que eram interrompidas quando esbarrava nas novidades e na felicidade que sentia ao colher os frutos da politização da vida.

às vezes se sentia sozinha e em alguns momentos se incomodava com o ritmo acelerado desses novos tempos. estava se adaptando bem, mas não ainda não se reconhecia completamente no universo ao seu redor.
nos momentos de estranhamento se voltava para o infinito particular.
apertava as vísceras, mergulhava nos meandros de si - recobrava suas forças.

nos momentos de cansaço e frio é preciso ser forte.
na dedicação à politização da vida é preciso ser firme.
diante do ritmo alucinante é preciso ter calma.
e pras recentes novidades iria mostrar sua doçura e tranqüilidade.


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suspirando, pensava:
'se fosse fácil não seria tão bom assim'.

magra, leve e calma desejava o novo.

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