o cigarro na mão esquerda representava o punhal, a cerveja na direita, o escudo.
foi então que entendeu: "você muda a sua vida, ou a sua vida vai te mudar".
dentre todos os sonhos grandes que tinha, há algum tempo, escolhera o grande sonho.
"ou você muda a sua vida, ou a sua vida vai te mudar" - sussurrou em voz alta como quem alertava a si mesma.
assim que fechou os olhos, decidiu: rasgou-se o peito com o próprio punhal. o vermelho que escorria dali chegou nos dedos.
enquanto o peito doia, as mãos se fortaleciam.
o grande sonho só se sonha de olhos bem abertos.
sua visão não poderia ser mais tão míope. era preciso, pois, corrigir a miopia da visão de fora e de dentro.
ela estava morrendo em todos os aspectos da vida.
tão morta e nunca antes tão viva.
[e tinha tanto ainda o que viver! ah, o grande sonho ...]
sorriu, era o seu compromisso de vida.
seu o coração aumentava de tamanho, cresceu dez metros e explodiu.
nos ombros muito peso. mas o que levava nas costas era a razão da maior das alegrias:
"ó vida futura!, nós te criaremos"
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www.midiaindependente.org/pt/blue/2003/09/262416.shtml
www.memoriaviva.com.br/drummond/poema020.htm
domingo, 17 de outubro de 2010
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